Viva la Revolución


O poder corrompe valores. Já era de se imaginar que as ilusões e esperanças criadas pela tão aclamada revolução “socialista” cubana seriam destroçadas, este socialismo firmado não por idéias, mas pelos simples jogo de poder e preferências. “Ao vencedor as batatas”, ou seria o sistema político?
Não sou contra Fidel Castro, foi um grande líder e um revolucionário brilhante, mas convenhamos que a glória brilha aos olhos do glorificado, pra Fidel este brilho foi o seu ópio. Castro disse uma vez que Oscar Niemeyer e ele eram os dois últimos socialista no planeta, sinceramente não sei a qual socialismo se referia, Marx deve ter se remexido em seu túmulo.
"Cuba está liberta", dizem alguns. A esperança de democracia cresce ao passo que Castro envelhece. Esta frase é antiga nesta ilha, homens barbudos com rifles, idealistas armados, com apelidos monossilábicos, como Chê, gritaram em alto e bom som há décadas atrás.
O sonho da Cuba social, não é do povo, é de um velho revolucionário, que de libertador virou ditador, que estava à frente do seu tempo, mas parou no passado. Castro é um símbolo, um paradoxo, a demonstração nítida da frágil linha que divide a liberdade e a escravidão.
Por fim, como escreveu Mijaíl Alexándróvich Bakunin: "Liberdade sem socialismo é privilégio, injustiça; socialismo sem liberdade é escravidão e brutalidade”.
Cuba sem Castro estará livre. Mas até que ponto?

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