O Letrista

Os poetas nasceram para sofrer. Sofrem de amores, de dores da alma, sofrem apenas pela idéia de sofrer. Nasceram românticos, amam suas mulheres como se fossem a última, as olham como se fossem uma bela pintura e as beijam como se houvesse uma chama. Vêem a vida de maneira única, de uma maneira que só perguntando para o Chico ou para o Tom. Se expressam por músicas, por textos, por versos. Só assim pra tirar de dentro do peito o "chega a fingir que é dor a dor que deveras sente". Eles são amigos da madrugada, é nessa hora que os sentimentos se afloram, a paixão vira amor, a angústia vira dor e a raiva vira ódio. Os poetas são gente comum, tão comum que são diferentes, escrevem sobre a simplicidade, os amores de esquinas, uma noite vazia e uma garota de ipanema. ... Salve! Os poetas de todos os dias, que se ofendem num arrastão de meio-dia, que engolem seus orgulhos, que perdem o sono, que perdoam sem pedidos, que não tem medo de demonstrar carinho, que sentem ciúmes sozinhos!

O poder corrompe valores. Já era de se imaginar que as ilusões e esperanças criadas pela tão aclamada revolução “socialista” cubana seriam destroçadas, este socialismo firmado não por idéias, mas pelos simples jogo de poder e preferências. “Ao vencedor as batatas”, ou seria o sistema político? Não sou contra Fidel Castro, foi um grande líder e um revolucionário brilhante, mas convenhamos que a glória brilha aos olhos do glorificado, pra Fidel este brilho foi o seu ópio. Castro disse uma vez que Oscar Niemeyer e ele eram os dois últimos socialista no planeta, sinceramente não sei a qual socialismo se referia, Marx deve ter se remexido em seu túmulo. "Cuba está liberta", dizem alguns. A esperança de democracia cresce ao passo que Castro envelhece. Esta frase é antiga nesta ilha, homens barbudos com rifles, idealistas armados, com apelidos monossilábicos, como Chê, gritaram em alto e bom som há décadas atrás. O sonho da Cuba social, não é do povo, é de um velho revolucionário,